sexta-feira, 15 de abril de 2011

Paz ao sonhar

Não sou aquilo que dizem,
Não faço que pensam que faço,
Porque todos me julgam?
E porque pensam razão ter?

Estou farto de viver assim,
Haverá mal em tudo o que faço?
Sempre lutei para por fim
E começar mesmo que com um pequeno passo.

Quero tudo organizar,
Para o sonho poder ter,
A paz no momento de descansar,
E por ela ser feito para viver.

Será que fujo de algo?
Quando me retiro para meditar.
Nada corre como escrevi,
Onde será que estou a errar.

Toda a vida sonhei com algo,
Ter paz ao dormir e ao levantar,
Onde será, quem a terá, quem fará?
A quem posso pedir para ela tanto ma negar!

Por vezes penso que tudo tem solução,
E aí consigo dormir,
Mas um vazio me acorda na escuridão,
E procuro a voz que estava a ouvir.





Quem será que comanda a vida?
Será o destino?
Será o vento?
Será o tempo?
Será que é uma batalha sem fim que se vai perdendo no próprio tempo?

Qual é o sentido de viver?
Porque raio me pede para sorrir?
Se uns riem ao ver outros sofrer,
Pois os que sofrem nunca irão rir.

E se eles próprios saberem,
Vivem agarrados a uma ou outra ilusão.
Porque quem pode não faz algo?
E leva esperança a esse outro coração.

Que quero dizer com paz?
Será algum sentimento por ouvir?
Quando é que justiça se faz,
Naqueles que vivem para sentir.

Fujo do meu destino,
Sonho com a vida de alguém,
Percorro um caminho que não é meu,
E agora julgo não ser ninguém.

Será mesmo que procuro um caminho diferente?
Ou a mim próprio me estou a iludir?
Será assim a vida para sempre?
Ou viverei eternamente a fugir?

Não quero mais fugir,
Quero simples em paz viver,
Luto com o que possa vir,
Mas sonhos vou sempre ter…

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porto, gondomar, Portugal