E o corpo responde á mente,
A tempestade fugio.
É tempo de levantar âncora,
E dessa maneira lá vou eu...
Muitas vidas foram sugadas,
Pela fúria desta maldição,
E sob as ondas do medo,
A água escorre agora por debaixo do casco,
Um casco magoado que o mar esconde.
Numa tentativa desesperada de subrevivência,
Tento seguir os passos de alguém,
Mas nem isso me leva a bom porto,
Tanto medo!!! nao vejo ninguem.
Terras serão descobertas,
Povos são agora conhecidos,
Bebe-se á conquista,
Choran-se os esquecidos.
Qual será o meu objectivo?
Que fim terá esta viagem?
Com que propósito viveremos?
Para que existem tempestades,
Tufões e ate furacões,
Se a existência de quem por eles passa não sera julgada por tal força,
Mas sim sentenciada pelo fino fio do destino, destino ja traçado pelo poder da fé
Que nem mesmo o homem sabe que o tem, e aqueles que sabem, nao imaginam a força da sua existência.
Onde esta a beleza da nossa existencia?
A transparência das águas que fazem o barco baloiçar e com ele o riso e choro do homem.
O leme foi largado,
E o homem tombou sem resposta.
A onda invadiu o navio deixando os marinheiros deitados no chão pela força do arrastãa que foram sujeitos, grande parte deles nem sabia que o mar podia ser tao forte e os que sabiam ficaram estupfactos por o seu bem mais precioso os estar a atraiçoar daquela forma tão fria forte e cruel.
O céu é igual para todos,
É o mesmo céu que nada faz ao ver tamanha injustiça.
É culpado por ser cumplice do crime dos crimes...a injustiça!!!
O barco chegou.
Por ele esperavam centenas de familias,
Esperavam a volta dos seus heróis vivos,
Mas alguns recebem mortos, mortos que caminham pelo próprio pé,
Mortos pelo medo, pelo choque pelo que não entendem...
As lagrimas afundam o imenso mar de pessoas.
O barco continua amarrado ao cais,
Já seguro pela esperada mãos das cordas, por quem tanto esperavam as almas navegantes.
Uma ponte é lançada e os herois passam pela concretizaçao do sonho e saltam para terra firme.
Nisto,
Uma figura é vista em cima do barco, parada mas com o olhar sob a mutlidão,
até que....
...vindo do nada, o fim do mundo chegou.
As nuven invadiram o porto virando o dia em noite, e com eles a força da insatisfação do mar.
A tempestade esta de volta mais forte e furiosa que nunca,
Como que para uma vingança pela fuga daquele marinheiro,
Como se so faltasse aquele homem para que o mundo tivesse paz.
Um banho de chuva molhou ainda mais que as lagrimas que caiam pelo rosto de casa ser vivo, de cada pessoa apavorada, aterrorizada por aquele poder.
A batalha estava de volta,
Agora mais dedicada á vitoria que nunca,
quer acabar com quem lhe fez frente,
com quem nao a teme,
com quem a entende ate ao segundo e a ama,
com quem nasceu para ela.
O povo parado esperava a descida da glória do último herói, todos gritavam pelo seu regresso, todos chamavam o seu nome.
Mas alguém no meio da multidão parou de gritar e começou a correr,
Correu tanto que as penas pareciam nem tocar no chão,
Esqueceu toda a dor e ferimentos numa tentativa para chegar áquela maldita ponte,
Mas nada feito, a ponte foi recolhida, o barco afastara-se.
Levantou a cabeça para a figura solitária do barco e olhou nos olhos do navegante.
O porto ficou calado e as palmas comecaram a soar como uma melodia,
ouviu-se o maior despedimento de que há memória,
Todos aplauduram o seu destino, o seu sacrifício, a sua força.
Voltei para dentro do barco,
As amarras foram soltas,
Peguei no leme e levei o barco para aquele que é o meu destino,
Aquilo por que nasci e vivo, mesmo que por pouco tempo.
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